Notícias e Mídia

  • O relato de Ildo Sauer demonstra abismo entre diretor técnico e diretor político na Petrobras
    04/12/2014

    O deputado federal membro da CPMI da Petrobras, Onyx Lorenzoni (Democratas-RS), ressaltou a grande diferença entre o relato apresentado pelo ex-diretor de Gás e Energia da estatal, Ildo Sauer, e de outros diretores investigados pelo esquema de propina na empresa.

    Sauer foi ouvido de forma informal por deputados da oposição e imprensa, na tarde desta quarta-feira (3/12), após o presidente da comissão Gim Argello (PTB-DF) suspender a sessão formal em manobra da base governista para tentar evitar o andamento das investigações.

    “O que o Ildo Sauer, um acadêmico e técnico especialista no setor de energia, demonstrou aqui, é que há um abismo entre o seu conhecimento técnico e o que nos foi apresentado por Paulo Roberto Costa, Cerveró e companhia”, argumentou Onyx.

    O democrata classificou como positivo a audiência informal que driblou a obstrução do governo e colheu dados técnicos a serem acrescentados no relatório final da comissão.

    “Vencemos a burocracia e a obstrução que o governo está fazendo na CPMI para transferir o máximo de conhecimento técnico aqui exposto para a próxima CPMI que devemos implementar a partir de fevereiro do ano que vem”, anunciou.

    “Despachante de interesses”
    De acordo com a explicação de Sauer, a sua saída da Petrobras se deu “mais por suas virtudes do que por seus defeitos”. Ele alegou que, enquanto diretor da empresa, não se limitou a ser um “despachante de interesses” políticos do governo.

    “Está claro que a saída de homens de perfil técnico do comando das diretorias da Petrobras se deu por estes não fazerem o jogo estabelecido pelo grupo hegemônico da estatal que fez da empresa um mega posto para roubar dinheiro”, acusou Onyx.

    CPMI mais ampla
    Onyx também antecipou que a próxima CPMI a ser instalada a partir de fevereiro de 2015 deve ser mais ampla e ter uma composição com mais membros da oposição.

    “Essa comissão já vai começar com os casos de delação premiada que envolvem agentes políticos. Será muito mais ampla e vai poder investigar todos os fatos ligados ao esquema. O próprio Paulo Roberto Costa afirmou que esse esquema não se limitava à Petrobras", declarou.


Compartilhar Imprimir Enviar por e-mail

Voltar