Notícias e Mídia

  • Fórum da Liberdade com palestra do senador Caiado
    14/04/2015

    O 28º Fórum da Liberdade começou ontem à noite, no Centro de Eventos da Pucrs, com a participação do governador José Ivo Sartori, do jornalista William Waack, do presidente da Celulose Riograndense, Walter Lídio Nunes, e do presidente do Instituto de Estudos Empresariais, Frederico Hilzendeger. O Fórum da Liberdade é promovido pelo IEE e este ano o centro do debate é a liberdade em suas mais diversas conotações, como política, econômica e de expressão e a busca por alternativas para os problemas enfrentados pelo Brasil e outros países.
    No painel da noite de abertura, participaram um economista, Nilson Teixeira, e um político, o senador Ronado Caiado, do Democratas de Goiás.
    O deputado federal Onyx Lorenzoni - que recebeu e acompanhou a visita do senador, no dia de ontem, aos principais veículos de comunicação de Porto Alegre e a entidades de classe - assistiu toda a programação do Fórum e recebeu muitos cumprimentos pela sua atuação na Cãmara Federal, ao final do evento.
    A programação do Fórum da Liberdade continua hoje, com mais cinco painéis.

    Críticas à condução da política econômica dominaram painel sobre os rumos do País no evento

    Por Guilherme Daroit(publicado no Jornal do Comércio de hoje)

    O cenário de crise, tanto econômico quanto político, ditou também o conteúdo das discussões no painel Caminhos para o Brasil, realizado logo na sequência da abertura oficial da 28ª edição do Fórum da Liberdade. A falta de perspectivas otimistas para os próximos anos na economia nacional e os embates cada vez mais acirrados entre os entes políticos no Congresso Nacional marcaram as falas do economista-chefe do Credit Suisse, Nilson Teixeira, e do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).

    "O momento exige muito mais do que a sabedoria de um economista", brincou Teixeira logo em sua primeira fala, ao introduzir a perspectiva econômica realizada pelo banco para o Brasil. Embora admita parcela de culpa do cenário externo na estagnação da economia nacional, com problemas como a queda dos preços das commodities, responsáveis por 67% das exportações brasileiras, o economista reiterou a ideia de que é o panorama interno o principal agente da crise.

    Na visão de Teixeira, medidas como o ajuste fiscal promovido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, embora necessárias, pecam ao agir com o aumento da carga tributária ao invés de diminuir os gastos públicos. "Infelizmente, o ministro tem de agir com as restrições existentes, já que pelo menos 90% dos gastos públicos, como salários e aposentadorias, são incomprimíveis", argumentou.

    Em meio a outras projeções negativas, como a queda no consumo das famílias, o aumento do desemprego e a inflação em alta, projetada pelo Credit Suisse em 8,5% para 2015, o economista rechaçou a possibilidade, pelo menos por enquanto, do rebaixamento do País para o grau especulativo pelas agências de risco. "Para mudar isso, porém, basta um segundo trimestre pior do que o primeiro de 2014", sentenciou. Mesmo assim, o banco ainda prevê que, apesar de um PIB projetado em -1,3% neste ano, 2016 deve fechar com a retomada do crescimento, na base dos 0,8%.

    Aplaudido diversas vezes pela plateia, o senador Ronaldo Caiado, como era de se esperar, foi mais enfático nas críticas ao governo, ao qual é oposição no Congresso. "Será que é justo darmos essa cota de sacrifício, possibilitando o ajuste fiscal, para que depois, quando o País estiver saneado, o governo use a situação positiva para se reeleger em 2018?", questionou Caiado.

    Fazendo alusão às pesquisas recentes que deram 13% de aprovação à presidente Dilma Rousseff e, também, aos protestos que se espalharam pelo País, o senador ainda afirmou que, "se tivesse postura republicana, a presidente renunciaria ao seu cargo e convocaria novas eleições". Mesmo aplaudido constantemente durante o discurso, Caiado salientou que falar em locais onde o público todo converge em um mesmo pensamento é fácil. "O difícil e o que precisamos é levar nossas ideias a plateias que já estão direcionadas a verem o liberalismo como negativo", convocou.

    Por fim, questionado pela plateia, Caiado também reiterou que irá, junto com o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), até as últimas instâncias partidárias para evitar a fusão entre o seu partido e o PTB. Embora afirme respeitar a história dos trabalhistas, o principal argumento contrário à fusão foi a divergência das bandeiras em relação ao governo Dilma, já que o PTB integra a base da petista.



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