Demorou.
04/02/2015

Eu protestei pedindo que Graça Foster fosse demitida por ter mentido na CPMI, mas ela acabou sendo demitida depois de ter revelado o monstruoso prejuízo de 88 bilhões de reais causado na Petrobras pelas administrações petistas. A mentira não a derrubou, mas a verdade sim. Algo recorrente nos governos petistas, experts em mentiras, falácias e propaganda enganosa.

Sempre entendi que, para proteger a Petrobrás, era fundamental remover de lá todos os envolvidos em corrupção e todos que a acobertavam. Na CPMI questionei a todos que lá estiveram buscando encontrar as brechas por onde a verdade acaba se revelando.

Em 06 de novembro, expus que Graça Foster mentiu ao congresso na CPMI, pedi sua demissão da Petrobras e de todos os demais envolvidos que ainda estavam na empresa.

No dia 26 de novembro, entrei com uma notícia-crime contra a presidente da Petrobras no Ministério Público Federal (MPF).

Em dezembro, no dia 17, apresentei um voto em separado na CPMI no qual peço o indiciamento da presidente Graça Foster por peculato, corrupção passiva, prevaricação, condescendência criminosa e falso testemunho, além de ação cível por improbidade administrativa.

Além de Graça Foster, pedi também o indiciamento do atual diretor de Serviços, José Eduardo Dutra, do ex-presidente José Sérgio Gabrielli, dos ex-diretores Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró, Renato de Souza Duque e Jorge Zelada, do ex-gerente Pedro Barusco, e do atual diretor de abastecimento, José Carlos Cosenza, com acréscimo de outras acusações: organização criminosa e crime contra a licitação.
Após uma longa teimosia, prejudicial à Petrobras e ao país, Dilma finalmente vai remover a presidente da Petrobrás, Graça Foster, e a diretoria da empresa. São nomes que estão diariamente nos jornais e nas revelações das investigações em andamento. Se foi a mando de Lula, será ainda mais revelador de sua indevida intromissão e da submissão da presidente Dilma.

O fato é que Graça Foster será demitida após cumprir a vergonhosa missão de revelar o tamanho do buraco para onde o modo petista levou a Petrobras. Precisava fazer isso antes que que as investigações e auditorias o fizessem. Nada menos do que um prejuízo de 88 bilhões de reais e uma desvalorização de ¾ do valor de mercado da empresa. É a tentativa de proteger a presidente Dilma (ex-presidente do conselho da empresa e ex-ministra das minas e energia) do desgaste e dar uma aparência moralizadora ao ato de sua demissão. Tudo jogo de cena. Tudo combinado. Não tem mais como encobrir a cratera do meteoro, o império da mentira começa a desmoronar.