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Aprovada convocação de ministro para explicar mudança de controle de vacinas contra aftosa
29/10/2014Deputado Onyx Lorenzoni é autor do requerimento deliberado na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara Federal aprovou hoje (29/10) a convocação do ministro da Agricultura, Neri Geller. De autoria do deputado Onyx Lorenzoni (Democratas-RS), o requerimento justifica a vindo de Geller ao Congresso para esclarecer a decisão de transferir o controle de vacinas de febre aftosa do Lanagro/RS – Laboratório Nacional Agropecuário – para o Lanagro/MG. Lorenzoni argumenta que há 30 anos o laboratório do governo no Rio Grande do Sul desempenha esse trabalho com sucesso e, para isso, houve investimentos e treinamento de pessoal.
“Não há justificativa técnica para essa mudança. O Rio Grande do Sul hoje está isolado e protegido, não laboratório fabricando vacina de febre aftosa, não há possiblidade de escape de vírus, nem da chegada de vírus porque os pontos de difusão na América Latina são localizados muito distantes do estado. O principal foco hoje na América Latina de origem de vírus é no Paraguai e por que vamos colocar num estado bem pertinho da fronteira com o Paraguai para ter problema de contaminação?”, explica o parlamentar membro da Comissão de Agricultura.
O deputado acrescenta ainda que o teste nas vacinas são feitos em animais especiais, que não poder ter tido nenhum contato o vírus da doença. “Então. tem todo um processo que há 30 anos é feito com competência e agora surgiu essa tese de tentar levar para Minas Gerais”, disse.
“Por isso queremos que o ministro venha explicar e debater com os técnicos que vamos chamar, com os parlamentares para que a gente possa entender o que está sendo feito. O produtor paga caro pela vacina de febre aftosa, é obrigado a aplicar por lei e ele não pode ter o risco de usar ou um produto que não é eficaz ou comprometendo todo um sistema que nos últimos 30 anos deu a extraordinária condição que o Brasil tem hoje”, relatou Lorenzoni. Ele se refere as áreas no país livres da doença sem vacinação e a quase totalidade do território nacional já livre de febre aftosa com vacinação. “Tudo isso conquistado pela tecnologia e pelos profissionais do Lanagro/RS e, claro, pela indústria do setor”, finalizou.
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